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THE AUTHOR
I live in São Paulo, Brazil. São Paulo is a metropole and I writes about all. Cubism, Futurism, Concretism, Surrealism, beatniks, symbolism forms my thematic. [March 2005]
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Mimeografo Generation J L Jayro Luna
Mimeógrafo Generation
Eu li poemas de poetas malditos,
álacres proscritos
exilados pelas cortes arcádicas!
Poemas de poetas impressos nas gráficas
de fundo de quintal!
Poemas recitados nas madrugadas ébrias
de bairros boêmios!
Nos bares com cadeiras viradas
e insurgidas sobre as mesas.
De garrafas vazias ao chão,
posters de Marylin Monroe,
Charles Chaplin e John Lennon
desbotando-se nas paredes censuradas!
Poemas escritos em guardanapos de papel
e rodados à cem cópias nos mimeógrafos dos Liceus!
Poemas da margem, das orelhas
das enciclopédias empoeiradas
sôfregas por algum fogo incendiário
de vanguardas radicais!
Poemas de versos rasgados sob céus
carcomidos pelos vermes de ficção
e monstros da bomba H!
Ó Geração de poetas maculados
pela ânsia de revoluções
como planetas libertos das estrelas!
Ó Geração de poetas que vendem seus poemas
nas escadarias dos teatros do subúrbio
pelo pão e moeda do sonho irrealizável, inexprimível
Inexprimível! Inexprimível vociferar
de ondas de oceanos feridos chocando-se afrodisíaca e freneticamente nas pedras. Pedras erodidas ou abruptas nas marés de uma poesia rebelde. Rebel como o oceano em que singrava Moby Dick, onde qual um profeta, os poetas andam sobre as águas!
Ó Geração de poetas que suspendem varais
em bancas nas praças,
nas feiras, nos pátios!
O que se faz do sangue dos poetas?
Poetas de poemas traficados
para munição da resistência.
Resistência às forças selvagens
de monstros fenícios que ressurgem
das cinzas mais céleres que as Fênix quase extintas!
Ó Geração de poetas tragados
pela boca destes mares abissais!
Eu li teus poemas, geração de vates crucificados
nos postes da Light!
Geração de poetas virulentos,
de poemas tocados pelos acordes voláteis
de guitarras elétricas!
Poemas clamados como blasfêmias,
maldições, uivos loucos,
rudes testemunhos nos guetos
de cidades apocalípticas!
Ó Geração de poetas que confiaram
na frase:
“poemas precedem fuzis!”
Ó Geração de poetas que desfraldam as bandeiras
em albas tropicais... reluz o sonho!
Loucos, que prova a morte do poeta?
(além do triunfo da Beleza?)
Ó, como li teus poemas marginais,
papéis rabiscados em garranchos
e manchados numa produção
de segunda mão!
Curti! Curti! Curti!
palavras lavradas nas pedras.
Visões do ópio, ópera poética da Contracultura!
Dilaceradas canções de protesto
celebradas em timbres de rituais recusas!
Mantras & Sutras
Meditações & Missas Profanas
Desvarios de letras & das palavras perdidas
dos versos inversos e ao avesso!
Eu li teus poemas, Ó Geração de poetas do olvido!
Eu aplaudi, eu amei,
Eu me solidarizei e fiz juras de romântica revolta!
Para que não se perca o rastro
e para que o destino não finde a poesia
como aos amores vãos!
Perfídia poética delatada nos corredores dos palácios!
E hoje incendeio-me em happenings
alucinados e esfuziantes
nos bares, nas escadarias dos teatros
e nos salões de bailes
declamando teus veros versos,
geração de poetas condenados
como os primeiros cristãos
que professavam sua fé inabalável
inflamada nas catacumbas de Roma!
(Pois sei que só a poesia rexiste!?)
Que misteriosa sensação indecifrável
em filosofia mas sabida na alma das palavras
e a alma das palavras mostra-se ao poeta,
Nua Ninfa Nequícia
Em sua forma de esplêndida princesa
E que faz do poeta seu costureiro,
Bufão,
Vassalo & Amante!
Ó Geração de poetas,
Uno-me a vós
Sob o signo da idade final do ciclo viquiano!
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